Contagem Regressiva

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Meu cientista louco preferido

      Esta figura que vou descrever aqui, não tem relação alguma com jeep, mas por certo, é um personagem que me fascinou e inspirou por sua inventividade. Trata-se do seu Bley , um velhinho simpáticos, com mais de 70 anos.
      Inventor desde a tenra idade, sempre foi doido por mecânica de automóveis. Possuía uma frota de nada mais nada menos que 15 Dodge Dart. Sim, aqueles monstros mecânicos beberrões de gasolina, a razão de 3 por um, mas com apenas um documento. Simplesmente todos tinham a mesma placa, e a documentação que ele usava era a mesma. Quando perguntavam se ele não tinha medo da fiscalização, ele respondia que o policiamento não dava a mínima importância para velhinho como ele metidos em carrões.
      Aos treze anos de idade explodiu a garagem da sua casa com sua primeira experiência automotiva. Descobrira em livros de química, que o hidrogênio se obtinha facilmente por eletrólise e que era o combustível perfeito. Como havia uma velha caminhonete Fargo abandonada na garagem de casa, pediu autorização para seu pai para fazê-la funcionar. Como não informou a natureza do experimento (o hidrogênio é altamente explosivo), seu pai, inocentemente deu autorização.  Tudo pronto, eletrodos ligados, hidrogênio canalizado para o carburador. Bley dá partida na velha Fargo que pega imediatamente. Aí o giro do motor começa a subir descontroladamente. 3.000 giros, 5.000, 7.500, 10.000. Quando bley percebe que a experiência está fora de controle e que o motor já zunia feito uma turbina de Boeing 737, corre em direção à porta. Foi só o tempo de fechá-la e a “turbina” explodir, arrancando todo o telhado da garagem.
      Um dos maiores Prazeres de Bley, era surpreender com suas invenções malucas. Comprou um Renaut 1943, aquelas baratinhas onde só cabiam duas pessoas, e adaptou um super motor e caixa de corrida de outro veículo. Entretanto não colocou vidros nem pintura no carrinho, que andava pelas ruas com a lataria enferrujada. Aí parava numa sinaleira, a lado de algum carrão novo tendo a volante algum gurizão , e provocava:
 - E aí ? Vamos fazer um pega?
É claro que em geral, a resposta era uma risada marota. Mas quando o sinal abria aquela baratinha enferrujada saía feito uma doida, cantando pneu. Aí o garotão, por curiosidade ou sentimento de humilhação, saia ao encalço daquela coisa maluca só pra descobrir o que havia embaixo do capô do enferrujado ou se era mesmo um velhinho ao volante.
      Outra diversão do Bley era o seu carro chamado Celwagen. (selvagem). Era uma lataria de Corcel com mecânica de Volkswagen. Um corcel tinha motor na frente, mas ele colocava o motor do volks adaptado na parte de traz. Aí ia até um posto de gasolina e de sacanagem, mandava examinar o nível do óleo do motor. Quando o frentista abria o capô frontal e nada encontrava a não ser um buraco vazio, perguntava:
- “mas cadê o motor, moço?”.
Bley respondia:
 - Ah! Desculpe. Esquecí de avisar que guardei o motor lá atrás no porta malas ! .  

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