Dar apelido não é, de forma alguma, uma exclusividade brasileira. Mas que somos campeões em criatividade isso ninguém duvida. Todos os dias me informam uma nova forma de chamar a lourinha. Se fosse esperar para listar todas, por certo este texto jamais seria concluído. Assim vamos nos restringir às mais populares.
Loura gelada – Óbvia referência à sua cor e a temperatura em que desejamos que ela seja servida. Contrariamente, quando nos referimos à companhia, preferimos a loura na temperatura oposta, e quanto mais oposta melhor. São os paradoxos etílicos...
Bia – Esta é uma corruptela da palavra inglesa beer. Coisa de brasileiro pouco familiarizado com termos estrangeiros e que prefere “aportuguesar“ palavras. Artifício este que produziu outras verdadeiras “pérolas” como “se finit” virar Zé fini e “esculpido em carrara” virar cuspido e escarrado.
A saideira – Nome dado para a última cerveja que se promete tomar antes de ir para casa. É claro que se pode tomar várias saideiras, o que poderá prolongar a noitada. Já encontrei um grupo de uruguaios em Camboriú, Santa Catarina, loucos para tomar aquela tal de “saideira” pensando que fosse marca de cerveja brasileira, mostrando claramente que era a primeira vez que aqui estavam. E como neste país nada se cria, tudo se copia (Chacrinha, animador histórico), não surpreenderia se algum espertalhão viesse a patentear tal marca, para vender aos gringos.
Ceva ou cerva - modo compacto de pedir a lourinha quando se está com pressa, isto é, vamos deixar de entretantos e vamos direto para os finalmentes (Odorico Paraguaçu, personagem histórico).
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