Contagem Regressiva

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Apelidos

      Dar apelido não é, de forma alguma, uma exclusividade brasileira. Mas que somos campeões em criatividade isso ninguém duvida. Todos os dias me informam uma nova forma de chamar a lourinha. Se fosse esperar para listar todas, por certo este texto jamais seria concluído. Assim vamos nos restringir às mais populares.

Loura gelada Óbvia referência à sua cor e a temperatura em que desejamos que ela seja servida.  Contrariamente, quando nos referimos à companhia, preferimos a loura na temperatura oposta, e quanto mais oposta melhor. São os paradoxos etílicos...

Bia – Esta é uma corruptela da palavra inglesa beer.  Coisa de brasileiro pouco familiarizado com termos estrangeiros e que prefere “aportuguesar“ palavras. Artifício este que produziu outras verdadeiras “pérolas” como “se finit” virar Zé fini e “esculpido em carrara” virar cuspido e escarrado.

A saideira – Nome dado para a última cerveja que se promete tomar antes de ir para casa. É claro que se pode tomar várias saideiras, o que poderá prolongar a noitada. Já encontrei um grupo de uruguaios em Camboriú, Santa Catarina, loucos para tomar aquela tal de “saideira” pensando que fosse marca de cerveja brasileira, mostrando claramente que era a primeira vez que aqui estavam. E como neste país nada se cria, tudo se copia (Chacrinha, animador histórico), não surpreenderia se algum espertalhão viesse a patentear tal marca, para vender aos gringos.

Ceva ou cerva - modo compacto de pedir a lourinha quando se está com pressa, isto é, vamos deixar de entretantos e vamos direto para os finalmentes (Odorico Paraguaçu, personagem histórico).

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