Contagem Regressiva

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Jeep&Boddy na neve 1990 (segunda parte)

      Não é fácil dirigir sob neve. O piso fica mais liso do que bagre ensaboado, e em cada curva é possível que você acabe no barranco.
      Quando entramos em Urubici, a neve acumulada já alcançava perto de 20 centímetros. (não sei de onde surgiu uma trena para medir). Paramos para almoçar e a neve engrossou mais ainda. Na mesa fizemos uma conferência. Esperar a nevasca passar ou continuar? Alguém perguntou:
 - Porque perder a oportunidade de se divertir na estrada se esta é uma chance que pode não se repetir? Continuamos.
      A estrada entre Urubici e Pericó era de chão batido. Para nossa sorte os pneus sujos de lama marcavam por onde passar, porque o resto era puro branco. Não dava para saber onde terminava a estrada e começava a cerca. Ou em outras palavras, não havia muitos pontos de referência visual.

      Meu jeep apresentou um problema que até então eu desconhecia. O limpador passeava de lá pra cá e vice-versa sobre o para brisa mas não limpava nada. A neve congelara formando uma crosta enrugada de gelo. Problema inédito, solução inédita. Para minha sorte eu havia esquecido de aliviar a bexiga lá no restaurante. Não tive a menor dúvida, nada melhor do que “água quente” para derreter gelo.
     Mais alguns quilômetro, e mais um problema apareceu. Começou um ruído estranho vindo da roda traseira do jeep. Pensei que tinha sido um rolamento que estourara. Parei para examinar e descobri que o interior do para lama estava totalmente cheio de gelo. O pneu jogava água para cima que imediatamente grudava e congelava. Mal havia espaço para o pneu rodar. Novamente achamos solução rápida. Uma chave de fenda e um martelo deram conta daquela incrustração.

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