Contagem Regressiva

domingo, 30 de outubro de 2011

Jipeiros, pescadores e outros mentirosos

Como todo apaixonado, o proprietário de jeep também gosta de ressaltar as virtudes do “seu jeep”, e ignorar seus defeitos.  (nas duas linhas acima você pode substituir a palavra jeep por namorada). Relatos mirabolantes sempre fazem, e sempre farão parte das conversas entre os aficionados. Mas desconte uns 40% do que eles contam e tudo o mais estará bem próximo da verdade.
       Talvez o aspecto mais fascinante seja a solidariedade entre eles. Aqui vai a fórmula para se conseguir amigos instantaneamente e no mundo todo. Compre um jeep, e encha-o de adesivo. Pronto! Você tem uma legião de parceiros.
      A paixão por esta máquina é inacreditável. Digite a palavra JEEP num site de busca na internet, e você encontrará literalmente milhares de referências.  Não será possível ler tudo. Demandaria vários anos com os olhos pregados no monitor. Recentemente fiz isso e encontrei nada mais nada menor que 368.560.000 referências.
      O jeep detém um recorde difícil de ser igualado. Há entusiastas no mundo todo. Existem associações de jipeiros na Ásia, Europa, África América e Oceania. E a mística deste veículo só aumenta desde seu surgimento em 22 de setembro de 1940. E todas as peças de reposição ainda são fabricadas. Tenho certeza que daqui 50 anos eles ainda estarão operacionais.
      É engraçado como sai geração entra geração, mas o jeep não sai de moda. Difícil dizer por que. Alguém falou que ele tem um ar de super-brinquedo. Ou seria seu jeito despojado sem relação alguma ao modismo? Li em algum lugar:

the diference between mans and boys, is the price of their toys.

 Crescemos, mas ainda gostamos de brincar de carrinho.
      Onde quer que você vá de jeep, sempre tem alguém que te cerca para falar que já teve um, ou que o pai já teve, ou que aprendeu a dirigir num destes, ou que conheceu alguém que contou uma história incrível a respeito dele. Só falta mesmo aquele indivíduo dizer que teve um gato que um dia foi mordido por um cachorro que dormia num galpão onde havia um jeep abandonado, só para estabelecer algum vínculo, ainda que tênue, com este tipo de veículo.


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