Contagem Regressiva

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Bom humor: mercadoria rara

      Em qualquer viagem, seja para dar a volta na Ásia, ou ir até o município vizinho, é necessário que os ocupantes do veículo levem todo com uma boa dose de humor. O mundo já esta saturado de gente carrancuda que reclama de tudo e não tem paciência com absolutamente nada. Aliás, é por conta deste mau humor que há tantos conflitos intermináveis, e que passam de pai para filho como uma herança maldita, e que ao longo do tempo vira raiva cega e até mesmo, guerras absurdas.
      Sorria. Não custa nada e quase sempre abre portas. Ninguém fica perto de pessoas mau humoradas por muito tempo, e se o fazem é por obrigação. Você já viu uma porção de gente reunida ao redor de um chato de galocha para ouvi-lo?
      Escolha com cuidado seus parceiros de viagem. Se for um daqueles que passa o dia reclamando de tudo, desde a intensidade do sol até o zunido do mosquito, trate de eliminá-lo da viagem antes que ela comece. Caso contrário será seu suplício diário, pois este tipo nunca estará contente com nada, e quanto mais você der atenção, mais chato ele vai se tornar. Não há chá de Semancol que o cure. É melhor descartá-lo já, pois será impossível despachá-lo mais tarde via correio, ou empacotar a figura e mandar de volta via aérea. 
      Tenho dois amigos que por conta de sua calma e bom humor em qualquer ocasião, vão viver uns 150 anos cada um. O Cervantes Aires e o Iguaçu Paraná de Souza. Este último é autor da famosa frase que eu gosto de repetir. Independente se chove ou faz sol, se ele esta com dinheiro ou absolutamente sem tostão, quando eu pergunto como vão as coisas ele me responde:

“as coisas vão indo conforme vem vindo ! ”

 Viajar com ele e um exercício  contínuo de risadas. Está sempre pregando peças em alguém. Já o Cervantes tem a incrível propriedade de rir da própria desgraça, e sair contando para todo mundo como se fosse a piada do momento.
      Já passei por situações que, se não aplicasse os ensinamentos deles, teria me estressado inutilmente. Morei durante dois anos a bordo de um veleiro em Florianópolis. Certo dia ao voltar de uma viagem, encontrei minha casa naufragada devido a uma forte tempestade. E o que fiz? Xinguei ou amaldiçoei? Nada disso. Apenas pensei; “logo vai escurecer. Melhor ir dormir. Amanhã penso em uma solução”. No dia seguinte o panorama não era assim tão assustador, e com a cabeça fria logo encontrei a solução. Usei o meu jeep para rebocar o barco–casa até a praia, e passei a semana restaurando o casco furado, num ótimo exercício de marcenaria. Leve a vida leve. Como já é dito há milênios;

Se a vida te der um limão, faça uma limonada.

 Os chineses é que ensinam ;

 Se você tem um problema, não se preocupe. Porque se o problema tem solução, um dia ele se resolverá. Se não tem, para que se preocupar? Não vai resolver mesmo. . .

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