Contagem Regressiva

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ofensa ao jeep

      Outra ofensa grave contra o jeep é que ele é beberrão. Mostre-me uma máquina de fazer muita força que seja econômica e eu aceito o título. Você conhece trator, caminhão, carregadeira ou moto niveladora que faz 10 km por litro? Um pé leve é capaz de conduzir um jeep fazendo até 8 km/litro. Não! Ele não é beberrão O culpado é quem cobra um preço abusivo pelo combustível.
      Por conta destes preconceitos, muitos olham o jeep com um certo desdém. Em uma de nossas viagens internacionais, participava um principiante na arte off-road, que havia comprado  um Nissan Pathfinder zero km para esta ocasião. Quando o grupo se reuniu às sete da manhã, na Avenida Beira Mar, em Florianópolis, pouco antes da saída, o orgulhoso proprietário da Nissan, vê aqueles jeeps e pergunta;
- Mas será que estes carros velhos não vão dar problemas?
Não. Eles não deram nenhum problema em todos os 3.400 km da viagem. Entretanto, foi só chegar em trechos mais desertos do litoral gaúcho, e aquele Nissan novinho receber um diesel de baixa qualidade, para perder potência, não passar mais dos 40 km por hora, tremer todo como se estivesse com malária e fazer fumaça como se fosse um fumigador combatendo mosquito da dengue. Foram necessárias horas em uma concessionária autorizada em Rocha, Uruguai, para esgotar todo o sistema de alimentação do veículo, desde o tanque até a bomba injetora. Sem esquecer que a conta neste tipo de oficina sempre é quilométrica.
      Jeeps tem motores tão rudimentares que não se ressentem de variações no combustível, o que é uma grande virtude nestes tempos de gasolina tão adulterada. Nada de injeção multi-point e outras parafernálias eletrônicas para estragar e você ter que levar para técnicos especialistas, que simplesmente não existem quando a falha se apresenta.

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