Contagem Regressiva

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Como era bom

Quer saber como era a estrada do inferno na década de 90 ? então click no link
Mas  já não é mais como antigamente. Estragaram colocando asfalto (argh!)

Tradição

Este é o bar do Cézinha (Vadinho) em  Sambaqui, onde costumamos encerrar nossas viagens, relembrar os bons tempos ou planejar a próxima expedição.

Jeep em família

Ricardo Dimer & família curtindo de maneira saudável seu Jeep 48

You Tube que vale a pena

Uma forma inteligente de se utilizar um Jeep você pode ver no link
http://www.youtube.com/watch?v=dA3tfR9cNdw   de Ricardo Dimer. É por esta razão que eu  afirmo sem medo de errar que daqui á 50 anos nossos Jeeps ainda estarão rodando em bom estado na mão de algum aventureiro. Assista

Jeep&Boddy em "Quando o amor quase acaba 1982" última parte

            No dia seguinte, ainda abalado com os acontecimentos recentes, reuni coragem suficiente para contar o ocorrido e confessar que havia abandonado o jeep há alguns quarteirões de distância. Meu tio, muito mais sábio que eu, propôs que fossemos “salvar a criatura”. Estivemos em muitas oficinas procurando por mecânico. Nenhum estava disponível. Todos tinham saído para atender alguém. Parecia que todos os veículos tinham morrido afogados naquele dia num processo de suicídio coletivo. Querendo meio não querendo fui até o jeep, com vergonha de encarar meu velho parceiro de aventura, mas já preparando a desculpa que estaria lá só por insistência do tio.
      A imagem vista de longe era de cortar o coração. Meu jeep guerreiro, valente,  intrépido, com tração nas quatro rodas, com reduzida e pneus agressivos, paradinho lá,  já em terreno seco. Olhei para seu interior e vi que a barraca não havia sido subtraída. Timidamente tomei acento e só por curiosidade colocando a chave na ignição dei partida. O jipe pegou imediatamente com todos os quatro cilindros funcionando alegremente.  
-  Sua josta! Porque não pegou assim ontem? Agora sim é que vou me desfazer de você. Nem vou vender. Você vai direto pro ferro velho!  
       Foi? Claro que não. Ainda faríamos muitas aventuras juntos...
                                                                               


Jeep&Boddy em "Quando o amor quase acaba 1982" parte II

Você já conseguiu dar um vergonhoso tropeção e não ser visto por ninguém? Pois é. Com jeep alagado também é assim. O vexame é garantido. Dos dois lados da rua apareceram expectadores da desgraça em todas as malditas janelas. Aí tentei um acordo amigável com o jeep. Olhei pro painel e falei baixinho;
-  Olha. Se você voltar a funcionar direitinho, e a gente sair daqui sem dar espetáculo gratuito, amanhã levo você ao posto de gasolina, para um banho e troca de óleo. Gasolina de primeira com aditivo e um dia inteiro de folga para você ir a praia se bronzear e ver as Belinas passarem de biquíni !
       Dito isso, dei a partida quase confiante. Afinal eu tinha um jeep quase guerreiro, quase valente, quase intrépido, com tração só em duas rodas, com potência reduzida e pneus tímidos.
      Inhéim,  inhéim,  inhéim, inhém . . . quem não conhece aquele ruído típico do motor dizendo, não vou pegar, não vou pegar? Tentei outra manobra. Feito um malabarista dei um jeito de sair do banco do motorista passando para o para lama para não ter que sapatear no alagado, abri o capô e tentei secar a distribuição. Nova partida e outra vez aquele inhéim . . . inhém, agora cada vez mais espaçado, mostrando claramente que a carga da bateria se esvaía inexoravelmente e com ela a minha paciência e confiança.
      - “Escute aqui seu josta! Vê se pega. Se não, amanhã te vendo por qualquer preço que me oferecerem”-
      Inhém ...(três segundos) inhém ... (cinco segundo) ... in ... dez segundos e nem completou  héim .
      - “Ah é? Tava querendo me ver molhado e passando vexame? Então aproveita porque é a última vez que você me sacaneia!”      
 Dito isso, literalmente mergulhei naquela água lamacenta. Para minha felicidade, como eu tinha pulado em pé o lodo só chegou até os joelhos.
      Apanhei minha mochila meu violão e abandonei aquela lata velha. Mas como diz o ditado (e os malditos nunca falham), miséria pouca é bobagem. Recomeçou a chover forte. Não dei a menor importância ao fato e saí já no escuro tocando e cantando “ How many roads must a man walk down, before they call him a man? . . . ( song by Bob Dylan). Mas ai, foi a vez do meu violão não dar a mínima para minha situação ou composições de protesto Bob dylianas, e tóing! O cavalete molhado desgruda do corpo da viola sob a tensão de seis cordas, de forma violenta e atingindo meus dedos da mão esquerda. Foi o limite para os meus já diluídos neurônios. O primeiro poste que apareceu na minha frente recebeu os golpes daquilo que um dia tinha sido um instrumento musical, agora transformado em machado. Juro que se o tal poste não fosse de concreto, por certo teria sido decepado, causando um black out na região. 
      Quando cheguei finalmente na casa do tio Ito e bati na porta, vi estampada em sua face, a real expressão de espanto.
-  ‘Nossa! O que é isso?” -
       Não sei se ele se referia ao que sobrara do machado, digo violão, que por razão desconhecida ainda permanecia preso em minha mão, ou se à figura patética e molhada em que eu me transformara.

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Jeep&Boddy em "Quando o amor quase acaba 1982" parte I

     
Como nada é perfeito neste mundo, eu e meu jeep já tivemos nossas briguinhas. Isto foi em fevereiro de 1982. Eu detesto carnaval, e naquela ocasião morava em pleno centro de Curitiba, e consequentemente no centro do “fervo”. E só suportei o massacre batuquista durante a  madrugada de sexta feira porque seria impossível tirar meu carro da garagem e passar pela avenida que havia sido interditada para aquele episódio grotesco. (que me desculpem os carnavalescos, mas gosto é gosto, e cada um tem o seu). Mas na manhã seguinte, antes que o sol nascesse e os bêbados abandonassem a avenida, lá estava eu e meu inseparável Happy Car, com violão e barraca no bagageiro, deslizando serra abaixo em direção ao litoral paranaense.
      Quando estava ainda em meio da serra, iniciou tremendo temporal, que não aliviou nem quando atingi a planície. Mas eu estava confiante, afinal, eu tinha um jipe guerreiro, valente, intrépido, com tração nas 4 rodas, com reduzida e pneus  agressivos. Não havia nada a temer.
      Ao chegar ao primeiro balneário, chamado Praia de Leste, lembrei que meu tio Ito, uma figura muito querida, tinha casa de veraneio naquele local. Será que ele não estaria passando alguns dias ali? Resolvi visitá-lo.
      O acesso principal era feito por uma antiga ponte de madeira, mas assim que entrei no balneário, dei com uma imensa área alagada. Tudo bem. Afinal eu tinha um jeep guerreiro, valente, intrépido, com tração nas quatro rodas, com reduzida e pneus agressivos . . . eu estava confiante.
      Parei para analisar a situação. Um imenso alagado, e o para-peito da ponte aparecendo sobre a água. Mas e a ponte estaria lá? Resolvi arriscar. Afinal . . . eu tinha um jeep guerreiro, valente, intrépido, com tração nas quatro rodas,  com reduzida e pneus agressivos. Eu estava confiante.
      A ponte realmente ainda estava lá, mas o aterro da cabeceira tinha desaparecido, levado pela enxurrada, ficando no seu lugar uma enorme cratera de quase um metro de profundidade e vergonhosamente escondida sob a água só para apanhar meu jipinho. Quando atingimos o outro lado da ponte, o jipe mergulhou naquele medonho buraco, fazendo com que a onda formada viesse a cobrir o capô e batesse no para brisa. No susto, acelerei, o que fez o veículo dar um salto à frente, mas só o suficiente para se livrar do infame buraco e vir à tona, já com dois cilindros falhando. O ruído do motor mudou imediatamente, parecendo uma máquina de cortar grama com tuberculose acrescida de febre aftosa. Olhei para à frente e vi que ainda tínhamos mais dois quarteirões alagados para vencer. Mas tudo bem. O jeep tinha provado que era guerreiro, valente, intrépido, com tração nas quatro rodas, com reduzida e pneus agressivos. Eu estava quase confiante.
       Fomos em frente apesar da visível perda de potência do motor.  Mas aí descobrimos que havia um complô contra nós. Outro buraco levemente maior que o anterior nos aguardava odiosamente escondido nas profundezas. Quando o mergulho se repetiu os dois pistões que ainda funcionavam sucumbiram por afogamento. A água não invadiu somente o motor. Levou também de roldão minha fé no guerreiro, valente, intrépido, com tração nas quatro rodas, reduzida e pneus agressivos. Eu estava desolado. E não era só isso. A água invadira o interior do jeep e meu traseiro estava dentro dela.

Testando a profundidade


Método nada convencional de verificar aprofundidade da água. Não seria melhor mandar ir alguém na frente com uma vara prá não correr o risco de ter um buraco maior escondido?
Certa vez, no passado remoto, fiz esta asneira de não ir investigar antes de passar e o resultado foi desastroso como você poderá ver no meu relato na próxima postagem.

Beto Winck viajando em seu 42

Esta viagem foi solo e fiz 2.000 km em uma semana, de Florianópolis ao interior do Rio Grande do Sul solito, porque os amigos chegados não puderam me acompanhar. Troquei um platinado somente por desencargo de consciência, foi uma viagem belíssima. Quem ainda não fez um tiro solo crie coragem e encare, é inesquecível... (Beto)

Passeando no Egito

Será que exite algum lugar no mundo onde o jeep não esteve?

Hoje é terça

Hoje é terça, saiu cedo o maior sol, a temperatura está elevada. Acho que vai ser um ótimo dia para andar ...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Aprofundado o tema.Cerveja Dunkel

Aprofundado o tema.Cerveja Bock

Aprofundado o tema.Cerveja Gold

Aprofundado o tema.Cerveja Lager

para quem gosta de cerveja aqui vai mais detalhes da Bierbaum de Treze Tílias, Santa Catarina, fornecidos pela própria cervejaria.

Fotos históricas

Dois momentos da saída da expedição de 1993 rumo ao Uruguai, na avenida Beira Mar Norte em Florianópolis. Em pé no capô do jeep está Edgar Tapa diedos.

Garimpar é preciso

Você conhesse a "Assombrosa" ? É esta Pic Up Willys cabine dupla que pertenceu ao Yguaçu. É um veículos raro pois é uma cabine dupla original de fábrica, tendo sido fabricadas poucas unidades. Encontramos esta foto garimpando velhos arquivos.

Jeep e caminhão navegando

Assista neste link uma demonstração do desempenho do Jeep anfibio Frod GPA e do caminhão GMC  DUKW anbos de 1942.

Veja mais

Conheça melhor a história fantástica de Ben Carlin e seu jeep Alf-Safe no link abaixo.
http://www.amphibiousvehicle.net/amphi/H/halfsafespecial/halfsafe.html

Coragem é isso.

Você teria coragem de dar a volta ao mundo em um jeep e sem embarcá-lo para cruzar os oceanos?
Pois alguém já fez isso. Olha bem para esta figura; Ben Carlin é o nome desta fera australiana.
A bordo de seu jeep anfíbio GPA (Alf- Safe) ele completou a volta ao planeta Terra iniciada em julho de 1950 e concluída em maio de 1958,  depois ter deixado o veículo em Paris por três anos. Seu veículo está guardado em um pequeno museu na escola secundária em que estudou pois os australianos costumam reverenciar seus heróis.

O Alf-Safe em Copenhagen.

Atualmente no colégio onde estudou.

Boas notícias

Aos poucos vou descobrindo que para o paraíso tem vários caminhos. Aqui vai um deles: A Bierbaum de Treze Tílias
http://www.bierbaum.com.br/inicio.htm

Sombra e água fresca

Embora sejam guerreiros e encarem qualquer desafio, ás vezes eles também querem sombra e água fresca.

Mais um T14

A "La francesa"

Veja no link abaixo uma restauração ao gosto dos franceses.
http://www.youtube.com/watch?v=2b3V3-sMBic

Até tu Patton ?

O polêmico general tinha um Jeep para seu uso particular.

Tira-gosto + cerveja 2

Brasileiro que é brasileiro mesmo, gosta de cerveja com ovo de codorna em função de seu suposto efeito afrodisíaco. Embora os comportamentos estejam em freqüentes mudanças, uma boa parte dos homens deste país ainda insistem em permanecer em suas convicções (e funções) tradicionais ainda que a mídia e o outro lado que já trocou de lado, caiam de pau. Dizem os adeptos do ovo de codorna que assim estão contribuindo para a preservação desta espécie ameaçada de extinção. Então podemos supor que, o consumo destes mágicos ovinhos continuarão em alta, muito valorizados, para desespero das pobres codorninhas, forçadas a trabalhar exaustivamente

Hoje é terça

Hoje é terça e a chuva não deu trégua. Um ótimo dia para sair de ....

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ganhado espaço

Modo como os jeeps eram transportados nos navios para ganhar espaço.

Cuidados especiais

Usualmente o novo proprietário de um jeep, na pressa de ver seu veículo rodando, coloca-o nas mãos de um chapeador geralmente escolhido pelo orçamento mais barato. Eis aí um grande e perigoso equívoco. Este profissional também se apressará em entregar o serviço para receber o valor acordado o mais breve possível e ter sua oficina liberada para outro cliente. Sendo assim, não terá tempo necessário para a restauração e tratará o jeep como mais um serviço qualquer. Além disso, a grande maioria dos profissionais de hoje, com raras exceções, são apenas trocadores de peças e desconhecem completamente o que é original ou não em um jeep. Lembre-se que ele estará trabalhando em um veículo que terá, no mínimo 65 anos de idade. Com certeza quase todos estes profissionais nasceram depois que o último jeep da II Guerra Mundial foi construído. Já  assistí horrorizado um destes chapeadores começar a reforma de um GPW 1942 tapando todos os furos da lataria que ía encontrando pela frente. Deu um trabalho insano reabrí-los e acertar suas posições originais.

Data marcada

Assim que a logomarca de nossa viagem foi lançada surgiu a seguinte pergunta: "Cadê a data do evento?" A resposta sutíl veio do próprio autor (Adriano Braga) "Sugiro dar uma olhada mais cuidadosa no capô do Jeep"

Tira-gosto + cerveja

O tira-gosto é a mais perfeita combinação de sólido – líquido já inventado. Funciona assim, o aperitivo mata o gosto da ceva que mata o gosto do aperitivo que mata o gosto da ceva e assim indefinidamente até que acabe o recheio de sua carteira ou o estoque de garrafas cheias. A partir de hoje vou postar diariamente algumas sugestões até que meu conhecimento se esgote. Se você tiver alguma sugestão mande para mim. Começarei com o clássico amendoim torrado.
       Você já esteve em algum estabelecimento para tomar uma geladinha e o garçom imediatamente colocou uma porção de amendoim torrado bem salgadinho em sua mesa, sem que você pedisse, e totalmente grátis? Que bonzinho né?! Bonzinho conversa nenhuma. É o truque mais antigo para você consumir muitas cervejas. A lógica é simples. Sal é igual á sede e sede requer seva. E o amendoinzinho não pára de vir totalmente “grátis”...

Dois velhinhos no Uruguai

Os dois velhinhos no caso são eu e meu jeep. A dupla foi formada em 1970 e se mantém até os dias atuais, com absoluta fidelidade de ambas as partes.
      O proprietário, Norberto Stuart Boddy nasceu no final do inverno de 1947, na rua Porto Alegre, hoje rua Alberto Boliguer, bairro de Itupava, em Curitiba, Estado do Paraná, Brasil, América do Sul.  O veículo, Diogo Velho Joe, foi construído pela Willys Overland em 1951, na cidade de Toledo, Estado de Ohio, Estados Unidos, América do Norte.
       Portanto, o primeiro estará com 64 anos e o segundo com 61 quando a grande viagem ocorrer em julho de 2012, inverno no hemisfério sul.
       Há um amigo que também se propõe a ir com o seu jipe 1942. Então seriam quatro velhinhos ...

Símbolo das viaturas brasileiras

As viaturas brasileiras usadas durante a Segunda Guerra Mundial eram identificadas com o símbolo do Cruzeiro do Sul dentro de uma circunferência. Mas o exército brasileiro já não a utiliza desde a década de 60 do século passado. Agora já é de domínio público.A pedido de amigos que estão resturando jeeps militares e querem colocar em suas máquinas, estou postando-a. É só copiar.

Hoje é segunda

Hoje é segunda e chove continuamente na Ilha. ótimo dia para sair de...

domingo, 27 de novembro de 2011

Cerveja ice

O “ice process” foi criado em 1993 no Canadá. Após a fermentação do mosto, este é submetido a temperaturas inferiores a zero grau, transformando a água em finos cristais de gelo que são posteriormente retirados. Mas há muita gente confundindo cerveja ice, com bebida alcoólica misturada com sucos cítricos e também chamados erroneamente de ice. Este último produto tem sido vendido para menores de idade como se fosse bebida sem álcool. Engodo total.

Cultura inútil 2

É meu velho amigo Álvaro quem diz: Quando um indivíduo se aprofunda demasiadamente nos detalhes de determinado assunto, e o discute com conhecimento está praticando a cultura inútil. Então vamos acrescentar mais um pouco.
Observe estes dois jeeps Ford (Truck, 1/4 ton, 4x4, Pygmy prototype) de 1940. Não são exatamente iguais?
Não, não são. A lataria do jeep da esquerda foi produzida pela Budd Company e o jeep da foto da direita foi produzida pela própria Ford.
Vamos ás diferenças:
Observe que o para lama dianteiro apresenta angulação diferente. No Budd ele é em 90º. Já no Ford este valor é maior. Note também que o estribo do Budd é pequeno e do Ford ele se prolonga bem mais para tráz. As fotos trazem ainda 2 diferenças sutís. A posição das alças laterais são diferentes assim como também suas dimensões. Por fim a posição do "olho de gato" que no Ford é mais baixa. Estas diferenças todas desapareceriam no final de 1941 após a padronização do jeep.

sábado, 26 de novembro de 2011

Das antigas

General americano (Douglas MacCarthur)  passeando de Jeep

Capítulo especialmente dedicado ás mulheres


      Sei que ao escrever este capítulo corro o risco de perder muitas das minhas leitoras, ser levado para a inquisição do mundo da Luluzinha e de ver até mesmo, este livro lançado à fogueira do inferno. Mas, mesmo assim correrei este risco, por força da necessidade de ser justo com os veículos e seus adoradores.
      Costumo dizer que em relação ao jeep, há dois tipos de mulheres: as burras e as espertas. As burras dizem:
  Ou eu ou o jeep! .
As espertas ficam com os dois, o jeep e o marido (namorado, amante, agregado, parceiro etc). Para um apaixonado do veículo, a pior coisa que ele pode ouvir é esta imposição de escolha. Quase sempre o resultado é o mesmo, o  jipeiro troca de namorada. Existe até mesmo um adesivo tradicional que os jipeiros ostentado com um certo orgulho que diz –“ minha garota falou que me deixaria se eu não vendesse este jeep. Puxa, como eu sinto saudades . . . DELA! “.
      Vi também uma quadrinha rimada que assim dizia –

“ a minha gata queria dar uma voltinha,
Pegar meu jeep e sair por aí sozinha.
Disse pra ela que para mim estava claro,
Deixe meu jeep e vá pro shopping com outro carro.
Ela falou que era ela ou meu carro,
Que não gostava de ficar suja de barro.
Ai que saudades que eu sinto do seu perfume,
Eu largo tudo, mas do jeep tenho ciúme.

      Mas não vamos radicalizar nem dispensar uma boa (no sentido figurado) companhia feminina. Afinal, ainda há, nestes tempos moderninhos, homem que gosta disso.
      Além do que, aconselho as mulheres a pensarem no seguinte: é melhor que seu queridinho tenha o jeep como passatempo do que achar outro tipo de diversão. Não é melhor que ele esteja na garagem da casa do que fora, sabe lá onde, e com quem, e fazendo o que? Saiba que o jeep dará muito menos despesa do que uma eventual amante. E de mais a mais, jeep não engravida, não pede pensão alimentícia, não dá escândalo, e ainda você pode dar umas voltinhas com ele, tirando proveito, coisa que, com certeza, você não iria querer fazer com “a outra ”.
      Sejamos justos. Você já ouviu algum homem dizer:
 - Ou eu, ou os seus brincos” ?
      Sabe qual é o tipo de mulher pela qual, qualquer jipeiro “baba”? É aquela que está ao volante de um jeep. E nem interessa muito o tipo físico dela. O que o atrai mesmo é a sua atitude.
      Um jipeiro sem jeep é apenas um meio-homem. A menos que você goste de homem frustrado. Mas aí já vai uma certa dose de sadismo.
      Certa vez, eu participava do famoso Raid da Meia-noite, em Curitiba. Na concentração que antecede a largada, observei um animado grupo de três rapazes e suas respectivas namoradas. Mas, macaco velho que sou, notei que duas coisas não estavam combinando; os calçados de salto alto delas e as constantes reclamações que elas faziam da aparência do jeep em que estavam e que iriam participar da competição. Não deu outra. Já no meio da prova e no meio do mato, isto lá pelas duas horas da madrugada, encontrei-as sozinhas pedindo carona para voltar para a cidade.  
      Enfim, como eu disse lá no começo deste capítulo: seja uma mulher esperta, fique com os dois.


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Jeep pelo ar

Jeep sendo despachado via aérea.

Cerveja Budweiser

Uma das mais tradicionais cervejas americanas, fabricada pela Companhia Anheuser – Bush Inc. está sendo produzida na Argentina sob licença, e exportada para o Chile através da Cervecera CCU Chile Ltda. Av. Dpte Eduardo Frei M. n° 8000, Santiago, que a distribui.  O mesmo ocorre para o Uruguai através da Gomalar S.A. , Ariel 4500, Montevideo. . Tem sabor leve o que denuncia o baixo teor alcoólico, informação esta que não consta em seu rótulo. Por falar em rótulo, é o que mais chama a atenção em sua garrafa. Bastante pomposo, não faz economia nos auto-elogios. Sob a marca já estampa um nada modesto KING OF BEERS. Em seguida dá prosseguimento com um , This is the famous Budweiser Beer. We know of no brand produced by any other brewer which cost so much to brew and age. Our exclusive Beechwood Aging produces a taste, a smoothness and a drinkability you will find in no other beer at any price. E encerra com; Brewed by our original all natural process using the Choicest Hops, Rice and Best Barley Malt. Depois de tantos superlativos, é melhor bebê-la sem questionar a já tradicional auto-proclamada superioridade americana. Ela é apresentada nas mais variadas embalagens. Long neck vidro, long neck alumínio, latinha de alumínio, garrafa retornável 600 ml., garrafa litro retornável e garrafa litro descartável. Boa para se matar a sede. Bebe-se o litro sem efeitos colaterais visíveis. Entretanto, para a tristeza dos americanos ela acaba de ser comprada pelo grupo brasileiro Enbeve (agosto de 2008). Quer dizer: mais um duro golpe no orgulho americano que vê mais um de seus ícones passarem para as mãos de estrangeiros.

Procurando "efes"

As alças externas da lataria dos GPW apresentavam o famoso "efe" estampado. Veja a posição na foto abaixo.

Gasolina batizada

      E por falar em gasolina batizada, ela muda de cor por conta destes aditivos modernos. Já vi gasolina verde, azul, vermelha, branca, lilás e outras tonalidades inexistentes até mesmo no arco-íris. Se faz alguma diferença no rendimento do motor ninguém percebe. Só mesmo fabricantes é que afirmam. E não pergunte ao frentista o que é o tal do aditivo que faz a gasolina mais cara. Ele só saberá dizer que tem aditivo. Cada dia que passa, mais e mais aditivos são inventados, e com as siglas mais indecifráveis possíveis. ICA, PVE, PVC. PREMIUM, PENTIUN, PLUS, DCC, XP, ETC ... Teve distribuidora que chegou a colocar um tigre no tanque dos clientes! Imagino que aqueles pêlos todos devem ter sido motivo de muitos entupimentos de canos e carburadores.
      A coloração do combustível, que muda mais que cor de camaleão e político de partido, me permitiu uma brincadeira quando eu participei de uma prova de jeep tipo RAID, em Curitiba. Era uma tarde muito fria e chuvosa e no meio da prova paramos em um botequim de beira de estrada par toma um gole de conhaque pra ver se esquentava um pouco. Mas só havia aquelas marcas modelo “arrebenta peito” como se diz na gíria. Na falta de outro foi aquele mesmo. Aí notei que o conhaque tinha exatamente a mesma coloração que a gasolina do tanque do veículo. Como eu tinha uma mangueira transparente zero km a bordo, tapei o fundo dela com uma rolha, enchi-a de conhaque, tapei a outra extremidade e guardei o precioso líquido. Na parada seguinte, em meio aos demais concorrentes da prova, falei bem alto para ser ouvido por muitos:
- Prá enfrentar este frio, só mesmo tomando gasolina”.  Dito isso fui até meu jeep, abri o tanque, coloquei a mangueira e simulei com se estivesse sugando. Fui até o meio da multidão e tomei aquela “gasolina” toda contida na mangueira. Em meio ao espanto geral, ouvi um garotinho exclamar:
- Vai morrê ! vai morrê !       


Hoje é sexta

Hoje é sexta, tá fazendo o maior sol e é claro que vamos dar uma voltinha. Porém ...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Jeep da FEB

Jeep sendo usado por soldados brasileiros em Montese Itália 1944

Dica

Quem quizer ver como a FEB utilizou o Jeep durante a II Guerra Mundial sugiro dar uma olhada no site abaixo.
http://brasilguerra.blogspot.com/2011/04/jeeps-na-fab-i.html

Nosso último pernoite da aventura

Bom Jardim da Serra. Destino do 15º dia. No alto da Serra do Rio do Rastro, é a ante sala daquela majestosa região montanhosa do Sul do Brasil.

Momento ideal

Não espere por uma ocasião de carteira recheada. Pode-se viver de maneira muito frugal. Roberto Boel Vaz, florianopolitano que foi até Atlanta (USA) de fusquinha, para assistir as olimpíadas de 1996, dá um grande exemplo disso. Fez a viagem de ida e volta a bordo de seu valente Volkswagen , que lhe serviu  de morada durante meses.
      Roberto relata em seu livro um episódio que retrata muito bem a relatividade das coisas. Contou-me que entrou no deserto de Atacama no norte do Chile sentindo-se um homem pobre, e saiu de lá com a sensação de rico. Ao entrar no deserto lamentava-se de possuir somente um velho fusca e apenas 3.500 dólares nos bolsos. Em meio ao nada encontrou um homem caminhando solitário com apenas uma mochila nas costas. Parou e perguntou aonde ele ia, ao que o outro respondeu:
 – Para o Alaska! 
- Mas como? , voltou a perguntar Roberto.
- Vou indo, ora caminhando ora de carona. Durmo onde posso e vou fazendo um trabalhinho aqui outro ali, para ganhar uns trocados. Respondeu o andarilho.
Roberto lhe deu carona e pensou com seus botões:
– Nossa! Como eu sou rico!
      Viaje pelo Cone Sul, e você irá encontrar muitos aventureiros transitando de bicicleta pelas estradas.
      Lembre-se,

Nosso principal veículo é a vontade, o resto é apenas um detalhe.

Hoje é quinta

Hoje é quinta. Fez um sol de rachar aqui em Floripa. Um ótimo dia para andar de...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Por onde passaremos (penúltimo pernoite)

São Francisco de Paula na Serra Gaúcha. Uma das mais frias cidade do Brasil tropical.

Mais desenho

Rádio de jipeiro

O equipamento tem que combinar com o veículo.

Hoje é quarta

Hoje é quarta e está fazendo o maior sol. Um ótimo dia para andar de...

Meu cientista louco preferido

      Esta figura que vou descrever aqui, não tem relação alguma com jeep, mas por certo, é um personagem que me fascinou e inspirou por sua inventividade. Trata-se do seu Bley , um velhinho simpáticos, com mais de 70 anos.
      Inventor desde a tenra idade, sempre foi doido por mecânica de automóveis. Possuía uma frota de nada mais nada menos que 15 Dodge Dart. Sim, aqueles monstros mecânicos beberrões de gasolina, a razão de 3 por um, mas com apenas um documento. Simplesmente todos tinham a mesma placa, e a documentação que ele usava era a mesma. Quando perguntavam se ele não tinha medo da fiscalização, ele respondia que o policiamento não dava a mínima importância para velhinho como ele metidos em carrões.
      Aos treze anos de idade explodiu a garagem da sua casa com sua primeira experiência automotiva. Descobrira em livros de química, que o hidrogênio se obtinha facilmente por eletrólise e que era o combustível perfeito. Como havia uma velha caminhonete Fargo abandonada na garagem de casa, pediu autorização para seu pai para fazê-la funcionar. Como não informou a natureza do experimento (o hidrogênio é altamente explosivo), seu pai, inocentemente deu autorização.  Tudo pronto, eletrodos ligados, hidrogênio canalizado para o carburador. Bley dá partida na velha Fargo que pega imediatamente. Aí o giro do motor começa a subir descontroladamente. 3.000 giros, 5.000, 7.500, 10.000. Quando bley percebe que a experiência está fora de controle e que o motor já zunia feito uma turbina de Boeing 737, corre em direção à porta. Foi só o tempo de fechá-la e a “turbina” explodir, arrancando todo o telhado da garagem.
      Um dos maiores Prazeres de Bley, era surpreender com suas invenções malucas. Comprou um Renaut 1943, aquelas baratinhas onde só cabiam duas pessoas, e adaptou um super motor e caixa de corrida de outro veículo. Entretanto não colocou vidros nem pintura no carrinho, que andava pelas ruas com a lataria enferrujada. Aí parava numa sinaleira, a lado de algum carrão novo tendo a volante algum gurizão , e provocava:
 - E aí ? Vamos fazer um pega?
É claro que em geral, a resposta era uma risada marota. Mas quando o sinal abria aquela baratinha enferrujada saía feito uma doida, cantando pneu. Aí o garotão, por curiosidade ou sentimento de humilhação, saia ao encalço daquela coisa maluca só pra descobrir o que havia embaixo do capô do enferrujado ou se era mesmo um velhinho ao volante.
      Outra diversão do Bley era o seu carro chamado Celwagen. (selvagem). Era uma lataria de Corcel com mecânica de Volkswagen. Um corcel tinha motor na frente, mas ele colocava o motor do volks adaptado na parte de traz. Aí ia até um posto de gasolina e de sacanagem, mandava examinar o nível do óleo do motor. Quando o frentista abria o capô frontal e nada encontrava a não ser um buraco vazio, perguntava:
- “mas cadê o motor, moço?”.
Bley respondia:
 - Ah! Desculpe. Esquecí de avisar que guardei o motor lá atrás no porta malas ! .  

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Lei alemã de pureza

      Ou Reinheitsgebot, foi criada na Alemanha em 1516 pelo Duque Guilherme IV, e estabelece que a cerveja só pode ser fabricada com quatro ingredientes básicos. Água, lúpulo, malte e fermento. Só isso garante que não haverá ressaca no dia seguinte. Os aditivos é quem dão as famosas dores de cabeça do day after.

Boas e más notícias

A má:
 Estava eu pesquisando na internet sobre cerveja quando acabei por descobrir que há um verdadeiro carregamento de cervejarias artesanais (microcervejarias) no sul do Brasil que eu não conheço. São 15 em Santa Catarina, 7 no Paraná e 16 no Rio Grande do Sul.
A boa:
Serei obrigado a visitar todas e obviamente experimentar suas preciosidades, pois não gosto de falar sobre o que não conheço. Segue a lista delas.
Santa Catarina : Bierbaum (Treze Tílias), Bierland (Blumenau), Borck (Timbó), Canoinhense (Canoinhas) ah! estou começando a lembrar. Essa é a do velhinho no moinho abandonado. Das Bier (Gaspar), Einsenbahn (Blumenau), Heimat (Indaial), Da Ilha (Florianópolis), Opa Bier (Joinville),  Probier (Jaraguá do Sul), Saint Bier (Forquilhinha), Schornstein (Pomerode), Straussbier (Criciuma), Wunder bier (Blumenau), Zehn Bier (Brusque),
Paraná : Bier Hoff (Curitiba), Donau Bier (Guarapuava), Donauer (Foz do Iguaçu), GaudenBier (Curitiba), Martignoni Bier (Cascavel),  Bodebrown (Curitiba), Klein Bier (Campo Largo)
Rio Grande do Sul: Abadessa (Pareci Novo), Alenda Bier (Morro Reuter), Barley (Capelade Santana), Biersite (Carazinho), Coruja (Teutônia), Eisenbrück (Feliz), Do Farol (Canela), Peter Von Brutschen (Santa Cruz do Sul), Ijuhy (Ijuí), Loeb´s Bier (Novo Hamburgo), Nondi Bier (Pelotas), Ralf Winter (Alvorada), Rasen Bier (Gramado), Schimitt Bier (Porto Alegre), Süd Brau (Bento Gonçalves), Whitehead (Eldorado do Sul), Ufa! Terei muitos kms pela frente. Ainda bem que de jeep...

O endereço da felicidade 2

Cervejaria Schornstein . Rua Hermann Weege, 60 Pomerode SC