Muitas vezes imaginamos que será necessário rodar dezenas de quilômetros para ver algo interessante. Não somos capazes de ver a beleza que nos rodeia. É que a humanidade sempre achou mais saboroso o chuchú do vizinho.
Descobri uma festa deliciosa (deliciosa no sentido etílico, gastronômico e social) a poucos quilômetros de Floripa. Nada mais nada menos que a festa alemã de Blumenau chamada Oktoberfest. Distância entre as cidades: 170 km .
Participei dela durante 10 anos consecutivos, guardando boas lembranças, já que o evento ocupava lugar de destaque no meu calendário anual sagrado. A viagem era planejada meticulosamente, com precisão militar, dado seu grau de importância. Nunca havia menos de 6 jipes no comboio. Na mesma data partia de Curitiba outro comboio de jipes, rumo aos barris, digo pavilhões de exposições da PROEB, (hoje Vila Germânica), para um grande encontro inter-estadual no Vale do Rio Itajaí.
Mas nada de pressa para chegar. Primeiro passávamos por Itajaí (100 km ), para almoçar na festa típica portuguesa chamada Marejada. Uma comilança à base de frutos do mar, com peixe, camarão, siri, bolinho de bacalhau, marisco, berbigão, tudo regado a um bom vinho português. Depois o grupo se desloca para Brusque (45 km ), para uma festa alemã chamada Fenachope, onde jantávamos lá pelas 18 horas.
Na mesa pratos típicos como o salsichão vermelho e salsichão branco (wurst), com muita mostarda escura e páprica.
Joelho de porco (eisben) acompanhado por repolho roxo (xucrute). Bisteca de porco (kassler). Pato assado e recheado (ente mit hotkoil, com dizer os alemães). E de sobremesa strudel (doce de maçã). Não sei se a grafia acima esta certa, mais depois do décimo chope, quem iria notar?
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