A primeira delas é sem dúvida de questão monetária. Mas dinheiro é apenas um detalhe. Quando alguém se propõe a viajar e está irredutivelmente determinado nada o detém. Se tiver muito recurso irá de avião. Se tiver pouco vai de carro ou ônibus. Mas há quem viaje de bicicleta, de carona ou á pé. Nada impede realmente os verdadeiros espíritos inquietos.
O segundo obstáculo são as obrigações de trabalho ou relações afetivas. No primeiro caso uma capa de comodismo e medo faz com que muitos não tenham a coragem e o desprendimento suficiente para realizar seus sonhos. Temem não serem capazes de recuperar seus quentinhos e seguros locais de trabalho ao voltarem. Não cogitam a hipótese de encontrarem novas situações. Já as relações afetivas são mais complexas. Mas quem ama não prende. Se a resistência á partida é muito grande é sinal de aprisionamento. O terceiro é o desconhecido. E isso é instintivo. Temos medo do desconhecido. Para sorte da humanidade há quem sempre esteja disposto a dar o primeiro passo á frente. Se assim não fosse, ainda estaríamos habitando o interior das cavernas.
Em geral a resistência vem justamente de quem você espera maior apoio, ou seja a família. Talvez preocupados com a sua segurança, ou motivados por um medo instintivo ou mesmo inveja. A verdade é que a primeira reação é sempre negativa. É necessário que se faça ouvido de mercador. Ninguém levanta uma só palha para ajudar, entretanto estão sempre dispostos a boicotar uma idéia arrojada. É mais fácil prever desgraças do que desejar sucesso. Mas se você for e se transformar em uma celebridade, todos farão questão de declarar publicamente que você é parente.
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