Contagem Regressiva

sábado, 28 de abril de 2012

Lado a lado.

Meu Jeep e o Jeep dp coronel Quadros, lado a lado em exposição na Fenajeep 2011 em Brusque SC.

Água. Elemento vital.

      Não sou eu quem diz, são os especialistas. Consumir cerca de litro e meio de água por dia. Pode parecer exagero, mas não é. Esta água pode estar presente nos alimentos, mas a complementação deve vir da ingestão pura e simples de alguns copos de água ao natural.
      Mas evite á todo custo beber água torneiral durante uma viagem. Como você não sabe a procedência, melhor comprar água mineral. Não é nenhum gasto assustador na viagem e evitará as temidas enchurradas intestinais que podem durar dias. Só não compre aquelas pequenas embalagens de 500 ml. Estas sim custam uma fortuna. Geralmente cobradas a razão de R$1,50 nos supermercados e podendo chegar até R$2,00 nas lanchonetes. Quer dizer, você estará pagando até R$4.00 por litro. Melhor comprar aqueles garrafões de 20 litros que custam R$5,00 em média. É só fazer uma conta simples; 5 dividido por 20 igual a 0,25. Notou a pequena diferença? Só não é recomendável a aquisição destes garrafões quando você estiver viajando de bicicleta ou a pé.
       Já sei. Você vai dizer que não dá pra levar aquele tonel imenso á bordo. Certo, mas se você transferir o líquido para garrafas descartáveis de refrigerantes 2 litros, por certo vai encontrar muitos cantinhos para acomodá-las. Além disso, reduz o risco de um incidente fazer vazar todo o líquido de um único recipiente em pleno deserto da Patagônia e transformar você num habitante permanente daquela paisagem árida. No meu jeep descobri local para 15 destas garrafas.
      Para hidratar-me desenvolvi um ritual diário. Não tem nada de esotérico, místico ou religioso, mas funciona. Pela manhã, voltado para o nascer do sol (direção leste) digo:
 - O sólido que piso, o gasoso que respiro e o líquido que bebo, são manifestações do grande espírito que sustenta minha vida-.
 Em seguida entorno um copo de água. Repito isso ao meio dia voltado para o norte, ás 18:00h voltado para o oeste, onde o sol se põe e á meia noite para o sul.
Bem ... nem sempre acerto o horário. Vai no mais ou menos. E nem sempre me lembro de beber a água. Vai café, refrigerante ou chá. Mas funciona, afinal tudo é líquido e contém água. A cerveja também contém altas doses de água e hidrata, mas não convém usá-la no ritual acima descrito, por motivos óbvios.   

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Quem sou eu?

Ford, Willys ou Bam Tam?

Escolha o seu

Onde estão?

Encontre nesta carga três jipinhos.

PX

Um bom equipamento de bordo é o rádio faixa cidadão conhecido por PX. Já saí de muitas enrascadas por conta deles, e é uma boa maneira de manter coeso um comboio, e até mesmo combater a monotonia da viagem.
      Serve também para se obter informações antecipadas da cidade em que se está chegando, pois sempre há alguém na escuta. Escutar a conversa entre caminhoneiro pelo rádio, também dá muitas dicas úteis sobre as condições da estrada.
      Em certa ocasião, na cidade de São José do Norte, RS, fui forçado a pernoitar dentro do jeep, aguardando uma balsa para cruzar a barra da Lagoa dos Patos. Passei boa parte da madrugada conversando pelo rádio com os pescadores que estavam em alto-mar, que por sua vez conversavam com suas esposas em terra.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Faltam 82 dias

Tá chegando a hora.

Primeiros Jeeps

Esta estampa traseira só aparece nos jeep fabricados no primeiro semestre de 1942.

Das antigas

O melhor carro do mundo

A discussão mais inútil que se pode ter é em relação ao melhor carro do mundo. É óbvio que é aquele que cada um de nós tem na garagem. E isso por conta de um raciocínio elementar. Estão está lá porque nós gostamos deles ou porque é o carro que o nosso bolso permite. Claro que se um dia trocarmos, então o novo será o melhor carro do mundo.
      Nunca desmereça o carro de ninguém, a menos que você não se importe em parecer grosso e acrescentar mais um inimigo em sua lista. Se gostar elogie, caso contrário guarde sua opinião para sí.
      Eu jamais perdôo quem ofende o meu jeep. Aceito que não gostem, mas falar mal dele na minha frente é outra coisa. Em uma manhã ensolarada de sábado, eu dirigia meu jipito rumo à praia da Joaquina em Floripa quando quatro garotas acenaram pedindo carona. Como não costumo dar carona para ninguém, (não coloco barbado a bordo e tenho por conta que mulher em beira de estrada é quase sempre Maria-gasolina), passei batido. Mas uma delas gritou:
- BODDDDY!!!.
 Aí pensei, “esta é conhecida e portanto não vou deixar uma amiga na mão”. Parei, dei ré por uns metros para descobrir que era uma aluna recente e três amigas.
      Ela no banco da frente e as demais sentadas lá trás. Aí veio a primeira pedrada. Uma daquelas desconhecidas fala:
 - Mas aqui atrás venta muito.
E eu com meus botões penso ( Ganha carona e ainda fala mal do meu jeep ? UM ! ).
 E a mesma garota logo em seguida:
 - Que carro mais desconfortável.
E o meu pensamento ( DOIS ! ).
E para arrematar a outra lá de trás acrescenta:
 - Eu disse para a gente esperar por outro carro!
Meu pensamento (TRÊS!) aí meu pé direito , sem que eu mandasse, abandona o acelerador, transfere-se como um raio para o pedal do freio, pressiona-o violentamente. Minhas mãos aderem ao protesto virando o volante para o acostamento, e minha boca, num ato de revolta coletiva pronuncia:
 – DESCE ! ! !
Silêncio total. E a minha boca de novo:
- DESCE ! ! ”
E a coitada da minha aluna:
- Mas se ela descer eu também vou”.
E a minha boca rebelde:
- AH É? QUE PENINHA ! FIQUEM AÍ NA BEIRA DA ESTRADA ATÉ QUE PASSE UM BMW, COM AR CONDICIONADO, E BANCOS DE COURO, E VIDRO FUMÊ, E SOM ESTÉREO E MP3 E NA COR QUE VOCÊS MAIS PREFERIREM E COM O BRED PIT AO VOLANTE!
      Não sei se foi imaginação minha, mas quando, por pura coincidência, vi elas duas horas depois, descendo do ônibus que fazia a linha da praia, tive a impressão que meu jeep não conseguia esconder uma certa risadinha de prazer sádico.
      Meninas de pouca inteligência deveriam fazer um estágio com minha avó, autora do melhor elogio que meu jeep já recebeu. Em uma ocasião que cheguei de Floripa, encontrei meus parentes, entre os quais minha mãe e minha avó Josephina (80 anos), tomando chimarrão em frente á casa. Assim que desembarquei minha avó disse:
Avó – Simpático este teu  jipinho, Beto.
Eu – Brigado Vó.
Avó Acho que ia ser um barato eu viajar nele.
Eu – É mesmo?
Aí a minha mãe Leonor (60 anos), que apenas escutava a conversa, dispara:
 – “Que é isso mãe!? Na sua idade? Parece que não se enxerga”.
E se retira indignada. Minha Avó espera um pouco e complementa:
 – Não liga Beto. Tua mãe está ficando esclerosada.

Você toma sem saber

Ás vezes você (e eu) ingerimos coisas sem saber. Da próxima vez que tomar uma inocente cervejinha veja se não consta na fórmula um tal de :
Antioxidante 316
Aí vai o significado disso. Ele é o famoso desconhecido Isona D ( isoascorbato de sódio), tem por função evitar a presença do oxigênio que altera o sabor dos alimentos.  O oxigênio não torna a cerveja imprópria para consumo, mas altera substancialmente o sabor e o aroma.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Um Jeepney original


Manilla 2004

Das antigas


Alemanha 1945

Confusões linguísticas

       Quando for ao Uruguai nunca diga perro caliente para cachorro quente. É melhor pedir churipan. Guarda lúvia não é guarda chuva. O certo é dizer paráguas.
      Certo amigo meu (Ricardo Braga),  ao ser questionado por um argentino se  hablava espanhol , respondeu:
– Sí ! Sapieco um pueco!
      Um outro conhecido, muito mais sabido, aconselhado em não abrir a boca para não falar besteira, depois de dois dias absolutamente calado na Argentina, se saiu com essa dentro de um restaurante:
- Acho que descobri como falar espanhol corretamente!. Espantado o seu parceiro de viajem diz:
 - Me conta qual é o segredo que quando voltarmos ao Brasil, quero abrir uma escola de línguas e aplicar esta fórmula mágica!
. Ao que o “gênio” respondeu:
 – É muito simples, é só colocar a letra “ i ” corretamente. Quer ver ?
 E chamando o garçom:
 Garcion , pior favior. Um guardaniapo niessa miesa ! 

.

Ao gosto europeu

Muitas marcas européias apresentam cerveja com uma forte coloração. A adição de caramelo, café queimado e outros ingredientes escurecedores são práticas comuns. Lá no velho continente, a coloração escura é sinônimo de cerveja pesada no sabor. O amargo da cerveja é mais acentuado do que no continente americano, mas satisfaz ao gosto de alemães, holandeses e tchecos. Mas a verdadeira cerveja escura é aquela feita de trigo ou que não sofreu filtragem.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Tropa amiga

Jipe Niva de nosso Amigo Ildo de São Lourenço do Sul, RS

Para quem não sabe, o Ildo é um dos nossos grandes apoiadores no Rio Grande do Sul, e que nos acompanhará quando passarmos por São Lourenço do Sul.

Das antigas

Um jeep montando guarda junto a um avião a jato nazista capturado.

Restauração

Dica de restauração. Os Jeeps MBs e GPWs tinham quatro peças de junção entre a longarina do chassi e o parachoque dianteirocomo mostra a figura abaixo.

Cervejas argentinas




Esta cerveja era a mais famosa e o orgulho dos “hermanos” até bem pouco tempo. Marca tradicional, que também identifica um popular bairro portenho e um grande time de futebol. Mas os argentinos estão a consumi-la em quantidade cada vez menor. O motivo? É que ela foi comprada pela Ambeve , companhia cervejaria brasileira, e eles alegam que o sabor já não é o mesmo. Desconfio que a verdade seja outra. É a velha rivalidade latino-americana extrapolando os campos de futebol. Duas versões existem. A Quilmes imperial, algo como uma cerveja “hard”, e a Quilmes Cristal, com um sabor mais “light”. A primeira é mais difícil de encontrar, mais cara e também mais saborosa. Já a segunda é de preço mais popular e de sabor mais aguado que a outra. Recentemente foi lançada a Quilmes stout.

Equipamento de sobrevivente

Num avião, para quedas . No navio, salva-vidas. Numa viagem de jeep... papel higiênico. Surpresa? Nem tanto. Além da função para a qual ele foi concebido, serve ainda para uma infinidade de situações. Enxugar a mão, guardanapo improvisado, limpar graxa, embrulhar objetos delicados tipo dentadura e tantas outras que sua inventividade seja capaz.
      Outro instrumento indispensável é o abridor de latas. Já tentou abrir uma lata de sardinha (atum de pobre), ou massa de tomate , milho cozido ou qualquer outro tipo de enlatado sem este equipamento? Nem McGuiver consegue. O que quer que você tente será sempre parecido como tirar um parafuso da madeira usando um serrote.
      Um canivete tipo suíço ajuda muito. Lanterna é indispensável. A famosa fita adesiva Silver Tape faz milagres.  Pinça e tesoura. Mas a maior preciosidade será sempre arame. Você não imagina quanta improvisação você fará com ele. Mas estamos falando de jeeps antigos. Isso tudo vale nada se você estiver viajando nestas  maravilhas modernas que insistem em chamas de jipe, toda cheia de circuitos eletrônicos e que quando falham não sabemos nem por onde começar a procurar o defeito.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Misturas e fórmulas malucas

Mexicana-
      Você senta em um sofá e reclina-se até ficar olhando diretamente para o teto tendo a cabeça presa entre os joelhos de uma gatinha (pode ser namorada, esposa, amizade colorida, acompanhante, ficante ou qualquer outro tipo de relacionamento), em seguida ela despeja farta quantidade de cerveja misturada com tequila que você retém da cavidade bucal. Em seguida ela balança violentamente sua cabeça para misturar os líquidos e manda engolir tudo de uma só vez. Recomendo não levantar nos dez minutos seguintes. Observação. Se você é ela, pode fazer o mesmo só trocando de posição com ele. Aliás pode ser também ela com ela e ele com ele, já que hoje em dia está valendo tudo.