Muitas são as festas populares brasileiras entre elas, carnaval, rodeio e oktoberfest. Todas seculares, mas enquanto o carnaval foi se modificando com o passa do tempo ao ponto de não haver mais quase nenhum resquícios das primeiras edições (entrudo), o rodeio e a oktoberfest souberam preservar as tradições. O carnaval, festa mais popular do Brasil, embora poucos saibam que somente 30% dos brasileiros realmente se divirtam nela, incorporou o consumo da cerveja durante os quatro dias que ele dura. Mas a cerveja não reina soberana apesar do grande volume que desaparece dos estoques nestes dias. A cachaça bem mais brasileira, e outras bebidas fortes também estão presentes. Mesmo assim as cervejarias brasileiras disputam o patrocínio acirradamente certos do marketing involuntário gratuito durante a transmissão dos desfiles das escolas de samba. Já os rodeios apresentam duas diferentes versões. Os do sul onde as tradições gaúchas são preservadas e a cerveja disputa a preferência popular apenas com uma outra bebida, o chimarrão. Os de Barretos onde se reproduz o rodeio norte-americano numa versão tupiniquim. De qualquer forma, a cerveja também está presente nesta versão. Mas a festa onde a cerveja reina absoluta é a oktoberfest. É uma tradição germânica que já conta com quase 200 anos de existência, tendo ocorrida a primeira na Alemanha em 12 de outubro de 1810, em comemoração ao casamento do príncipe bávaro Ludwig quando este contraiu núpcias com a princesa Teresa de Sachsen-Hildburghausen. A primeira oktoberfest no Brasil foi a de Itapiranga, município no extremo oeste de Santa Catarina, mais precisamente na Linha Becker. Ainda é realizada mas dura apenas dois fins de semana, uma no centro da cidade e a outra na referida linha. Já a mais famosa no Brasil é a de Blumenau em Santa Catarina , que se realiza durante as duas primeiras semanas de outubro. Curiosamente ela nasceu depois de uma tragédia, as enchentes do rio Itajaí de 1983 que arrasaram a cidade. Para levantar o astral dos blumenauenses, foi organizada uma festa da cerveja, aos moldes da oktorberfest germânica. Desde então todos os anos ela foi sendo reeditada com estrondoso sucesso. O número de turistas que foram sendo atraídos anualmente chegou a tal volume que os organizadores quase perderam o controle da situação. Já havia até shows de rock acontecendo paralelamente na cidade, e a própria festa desabava para as músicas tipo Xuxa e Daniela Mercury. Nada contra estas figuras, mas cada coisa em seu devido lugar. De festa típica alemã estava sobrando quase nada. Felizmente para preservar o sentido original da festa, foi exigido das bandas que o repertório fosse o mais germânico e tradicional possível e a prefeitura local não mais autorizou outros tipos de festas que coincidissem com aquela data. Hoje no antigo pavilhão da Proeb onde se realizaram as primeiras Oktoberfest, foi transformado em Vila Germânica , mantendo o velho espírito e a animação a cada nova edição. As estatísticas dizem que ela é a segunda mais popular festa no Brasil, perdendo apenas para o carnaval. O poder da oktoberfest em atrair turistas de todo o Brasil foi tão grande ( ou seria da cerveja?), que outro municípios vizinhos foram criando suas festas na mesma data de tal maneira que na atualidade o mês de outubro é considerado o mês das festas catarinenses. Se bem me lembro tem a Fenarreco, a Schützenfest, a Fenachopp, a Tirolefest, a Kegelfest, a Oberlandfest e a Musikfest. Quer dizer, correndo rios de cerveja pelo Estado de Santa Catarina inteiro.
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